Tensão em Nossa Senhora da Gloria, onde 485 detentos do presídio Senador Leite Neto mantêm a rebelião que iniciaram por volta das 14 horas deste sábado (13), onde já queimaram colchões, cerraram grades, destruíram áreas internas e fizeram de refém o agente penitenciário Nelson Inaldo dos Santos, 54 anos.
O motivo da rebelião é a superlotação da unidade prisional que pode acomodar apenas 180 detentos e estão lá 485 sentenciados, em condições subumanas. Os detentos reclamam que não há condições para visitas íntimas e excesso de presos, sem espaço sequer para dormir.
As negociações se encerram no inicio da noite, e retornou na manha deste domingo. O juiz de execuções penais encontra-se no local tentando a negociação para que seja encerrado a rebelião. Os familiares do agente Nelson Inácio, mantido refém também se encontram em frente ao Complexo em busca de notícias.
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| Foto: Inácio Santana/soudesergipe |
Já são mais de 12 horas desde o início da rebelião e o que se sabe até o momento é que policiais do Batalhão de Choque, Grupo de Ações Táticas do Interior, Grupamento Tático Aéreo e Comando de Operações Especiais estão no presídio, tentando negociar com os detentos a liberação dos reféns. Além do agente Inácio dos Santos, um grupo de aproximadamente 80 pessoas, sendo todos parentes dos presos, estão em poder dos rebelados. Segundo informações, as dependências do presídio estão completamente destruídas, após ação dos internos.
Uma outra informação passada na manha deste domingo é que dois internos que estavam em celas de isolamento foram feridos a golpes de chuço dentro do presídio, mas ambos passam bem e não correm risco de morte. Há ainda a informação de que alguns dos presos que lideraram a rebelião no presídio Antônio Jacinto Filho, no mês de abril, estão custodiados no presídio de Glória e estão ligados ao comando do motim.
Desde inicio da rebelião, policiais do Batalhão de Choque cercam a penitenciária e contam com a participam do Pelotão da Caatinga. O helicóptero da Polícia sobrevoa a área do presídio, para evitar fugas. Na área externa familiares de presos se aglomeram e temem por parentes. Curiosos e imprensa também estão próximo, mas não há autorização para aproximação.
Fonte: Faxaju
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